Em 1928, foi lançado o Plano Qüinqüenal, iniciando um planejamento econômico que se tornaria uma norma nos países socialistas e seria até adotado nos países capitalistas, principalmente em épocas de crise e nas políticas de superação do subdesenvolvimento. O objetivo desse primeiro plano foi a coletivização agrícola.
Os kulaks, que eram camponeses proprietários, chegaram ao ponto de preferirem queimar as plantações e matar os animais a aderirem ao regime de cooperativas instituído pelo Estado.
Em 1930, as cooperativas receberam isenção de impostos e ajuda para a compra de tratores e máquinas.
Os objetivos do Plano Qüinqüenal foram atingidos em 1932, quando as cooperativas já abrangiam 77% das terras cultiváveis e o excedente agrícola dobrou em relação a 1927. Em meio disso, a indústria soviética lançou suas bases de modernização das fábricas, com o aumento da produção metalúrgica, a criação de vias de transporte e uma grande disponibilidade energética.
Os objetivos do Segundo Plano Qüinqüenal incluíam a melhoria das condições de vida: os salários passaram a acompanhar os aumentos da produção, os serviços públicos melhoraram e o povo ganhou instrução pública e gratuita, escolas e universidades noturnas.
O Terceiro Plano Qüinqüenal foi interrompido pela invasão nazista, em 1941, e a Segunda Guerra Mundial deixou como saldo uma economia praticamente arruinada e cerca de 20milhões de mortos.
Já na Segunda Guerra Mundial, a União Soviética foi o país que sofreu o maior número de perdas humanas – de 15 a 25 milhões. Os imensos danos materiais exigiram uma tarefa de reconstrução econômica que ocupou o quarto e quinto Planos Quinquenais.
Em 1950, a produção industrial já superava 48% a anterior a guerra; mas no setor agrícola, devastado e submetido a uma grande seca em 1946, a recuperação demorava: uma das soluções foi o reagrupamento das cooperativas em unidades maiores.
O fundamento da economia soviética é a apropriação pela coletividade de todas as fontes e meios de produção. O crédito é nacionalizado, as riquezas naturais e os meios de transporte pertencem ao Estado ou as coletividades regionais, a agricultura é uma cooperativa comunal. A indústria é quase sempre estatal, assim como o comércio. Toda a economia é dirigida pelo sistema de planejamento.
Na agricultura, o setor mais importante é o de cereais, que cobre cerca de dois terços das terras cultiváveis, metade dessas terras é ocupada pelo trigo. Nas lavouras industriais, que ocupam 7% das áreas cultivadas, destacam-se a beterraba, o linho e o cânhamo, o algodão, e a batata. A fruticultura desenvolve-se na região dão Mar de Azov, mas o cultivo de hortaliças tem expansão limitada por problemas climáticos.
A pecuária é um setor problemático, que não atende as necessidades nacionais. O rebanho soviético contava com bovinos, ovinos, caprinos, suínos, eqüinos. E a pesca chegava a 6milhões de toneladas.
O setor energético era altamente desenvolvido, entre as hidrelétricas, destacam-se as de Saiano, Krasnoyarsk e Bratsk. A fábrica, unidade básica do setor industrial é dirigida por um funcionário nomeado pelo governo. Até a Segunda Guerra Mundial, o parque industrial concentrava-se a oeste, perto de Moscou, mas, três meses antes da invasão alemã, começou a ser deslocado para o leste da Sibéria e Cazaquistão. Nelas estão instalados grandes complexos industriais (máquinas pesadas, automóveis, tratores, siderurgia, equipamentos elétricos, produtos químicos, alumínio).
Entre os mais importantes setores industriais soviéticos estão a siderurgia, e a indústria química, destacando-se ainda a produção de alumínio.